Que as produções brasileiras são pouco valorizadas e não conseguem sempre chegar ao público todo mundo sabe. Mas eis que surge uma série chamada 3%. A série é uma produção da Maria Bonita Filmes, e teve a colaboração do programa do governo FICTV/Mais Cultura. O piloto que tem o total de 27 minutos é ótimo e agora a equipe esta procurando patrocínio e um canal para exibição dos episódios, o roteiro com a temporada toda já esta pronto. Mas na minha opinião, a série deveria se manter apenas na web em formato de websérie, a TV não vai saber aproveitar um ótimo enredo como esse!
A série acompanha a luta dos personagens para fazer parte dos 3% dos aprovados que irão para o Lado de Lá. A trama se passa em um mundo no qual todas as pessoas, ao completarem 20 anos, podem se inscrever em um processo seletivo. Apenas 3% dos inscritos são aprovados e serão aceitos em um mundo melhor, cheio de oportunidades e com a promessa de uma vida digna. O processo de seleção é cruel, composto por provas cheias de tensão e situações limites de estresse, medo e dilemas morais.
Com influências declaradas – segundo o canal da série no YouTube – de filmes como “Metropolis”, “O Processo”, “1984″, “A Experiência”, “Código 46″, “Blade Runner”, “THX 1138″ e até o seriado “Lost”, o pessoal conseguiu, com poucos recursos financeiros e sem precisar utilizar efeitos visuais mirabolantes, construir um mundo fictício sinestésico cuidado nos mínimos detalhes.
Em entrevista, Pedro Aguilera, criador e roteirista da série, explica que “a ideia veio por influência de distopias que estava lendo na época”. “Uma das coisas que mais me atraiam nos conflitos dos jovens brasileiros era a dificuldade de entrada no mercado de trabalho (e outros tipos de seleção), por isso pensei em exagerar essa característica da nossa sociedade, criando esse processo único, cruel e intenso para os personagens enfrentarem”. Pedro e os três diretores da série – Daina Giannecchini, Dani Libardi e Jotagá Crema – estudaram Audiovisual juntos, na ECA-USP. Mirando longe, os quatro ousaram ao convidar nomes renomados para formar a equipe.
“Foi incrível que essas pessoas, como o diretor de arte Fabio Goldfarb, o montador Márcio Hashimoto, o músico Érico Theobaldo, o preparador de atores Roberto Áudio, o desenhista de som Edu Mendes, que foi nosso professor na faculdade, o fotógrafo Zé Bob Eliezer – que a gente já era muito fã – tenham se interessado pelo projeto. E a equipe de produção, como a Camila Groch, e direção (assistentes de direção, continuísta) nos deu um suporte que foi fundamental para conseguirmos realizar esse trabalho”, conta Daina, uma das diretoras.
Assista ao episódio piloto que foi dividido em 3 parte no youtube:
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